sábado, 11 de setembro de 2010

E-Fólio C

1.
Como jovem em transição para a adultez o jovem adulto sente necessidade de adquirir independência económica para poder sair de casa dos pais e constituir a sua própria família, apaixonar-se casar e ter filhos, pois é nesta fase da vida que o jovem adulto se encontra no auge de vitalidade, força e resistência física (entre os 25 e 30 anos).
As características desenvolvimentais do jovem adulto são marcadas, por diversas alterações que se foram concretizando desde criança. O pico de fertilidade que, quer homens, quer mulheres, atingem nesta fase (após a adolescência) e que depois vai diminuindo gradualmente, é sem dúvida, uma característica evidente do jovem adulto, pois é também quando se encontram no auge de vitalidade, força e resistência física. O jovem adulto é menos impulsivo que na adolescência e é capaz de enfrentar e solucionar os problemas que se lhe deparam com maior capacidade e torna-se mais organizado e coerente no auto conceito. A ocupação profissional influencia, praticamente, todas as áreas da vida do jovem adulto, sendo o inicio da vida adulta marcado pela entrada no mundo do trabalho, definindo-o como indivíduo na sociedade, valorizando a sua própria vida e o significado que ela tem para com ele.

2.
http://www.slideshare.net/secret/hIZdNIsAYyMSBK


3.
Mapa conceptual sobre os factores de risco e de protecção da escola e da família



Bibliografia:
Morgado, L. & Costa, A. (2009). Texto de apoio ao tema 3 – Ciclo de Desenvolvimento Idade Adulta e Velhice, UAB
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, Porto Editora

E-Fólio B

Título – “Fatores de risco e fatores de proteção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área”
Este trabalho faz parte da dissertação de Mestrado da autora e foi apresentado em 2006, em Salvador, Brasil, na XXXVI Reunião Anual de Psicologia.
Autor – Joviane Marcondelli Dias Maia
Ano - 2002
Professor Orientador – Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Publicado em Temas de Psicologia – 2005, Vol.13 Nº 2, ISSN 1413-389X
Com a entrada em vigor no Brasil, em 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente, todo o profissional das áreas social, educação ou saúde, ficou obrigado a comunicar às autoridades todos os casos que conheça de maus-tratos infringidos a crianças ou adolescentes, mesmo que se verifiquem apenas suspeitas.
Pretende-se com este estudo verificar e compreender quais os factores de risco assim como os factores de protecção que afectam o desenvolvimento infantil.
São considerados factores de risco, os comportamentos que podem comprometer a saúde, o bem-estar ou o desempenho social do individuo. As crianças com determinados atributos biológicos e, que vivam em determinados ambientes têm maiores possibilidades de apresentarem atraso no seu desenvolvimento.
São considerados factores de protecção, os factores que modificam ou alteram a resposta pessoal para um risco ambiental para o qual se encontra mal adaptado.
Factores de risco ao desenvolvimento infantil
Crianças e adolescentes estão cada dia mais expostos à violência familiar, esta exposição irá provocar prejuízos no seu desenvolvimento, sendo apontada como factor de risco ao desenvolvimento infantil todo o tipo de violência doméstica, quer esta seja física (maus tratos corporais), por negligência (falta do essencial, como seja alimentação ou segurança), psicológica (ameaças e humilhações) ou sexual (utilizar a criança para obter prazer sexual).
A violência física infringida a crianças e adolescentes é um dos factores principais que pode levar as criança e adolescentes a viverem nas ruas e de virem a ser presas por cometerem crimes violentos. Por não terem tantos contactos exteriores como as mais crescidas e, por se tornar mais difícil detectar maus tratos e negligência, as crianças mais jovens e os bebés estão mais vulneráveis a este tipo de violência, que podendo ser mais extensa, pode levar a criança a morte prematura. Segundo vários autores (Hughes, Graham-Bermann e Gruber (2001)), e comparando pais abusadores com pais não abusadores, chegou-se à conclusão que os abusadores consideram o papel de pais cansativo, não tentam compreender a existência das relações sociais, assim como as necessidades dos outros. São pessoas que não suportam frustrações, sem auto-estima, abusam ou são dependentes de substâncias, com depressão e com problemas de saúde.
A violência psicológica é das mais frequentes e a mais difícil de identificar, podendo compor-se por vários tipos de ameaça, como suicídio, morte ou agressão à vítima e afectar as crianças e adolescentes em pensamentos intrapessoais, apresentando estas baixa auto-estima, ansiedade, depressão, medo e ideias suicidas; saúde emocional, demonstrando dificuldade em controlar impulsos e raiva, instabilidade emocional, transtorno alimentar e abuso de substâncias; habilidades sociais, que se reflectem em comportamentos anti-sociais, problemas de afectos, baixa simpatia e empatia com os outros, delinquência e criminalidade.
A violência sexual pode abranger: abuso sem contacto físico, que compreende abuso sexual verbal, telefonemas obscenos, exibicionismo, mostrar à criança fotografias ou vídeos de teor pornográfico e tirar fotos a crianças em posições sedutoras ou nuas; abuso sexual com contacto físico, que inclui actos físicos e genitais, relações sexuais com penetração vaginal, tentativa de relações sexuais, carícias nos órgãos genitais, masturbação, sexo oral e penetração anal; prostituição de crianças e adolescentes, que compreende casos de exploração sexual com fins económicos. Segundo Williams (2002), os factores que influenciam o diagnóstico dos casos de abuso sexual infantil são a proximidade do agressor relativamente à vítima, o número de agressores, o tipo de agressão (havendo penetração, os resultados são mais graves), a duração do abuso e, o apoio dado à vítima pelo membro não agressor. Os pais que abusam dos seus filhos, segundo Barnett (1997), são negativos, hostis e punitivos e não actuam na educação dos filhos. Ainda segundo o mesmo autor, pais que foram maltratados em criança (70%), têm tendência para maltratar os próprios filhos e, crianças maltratadas (30%), futuramente, poderão também infringir maus tratos aos seus descendentes.
Em estudos efectuados (Kumpfer & Alvarado, 2003), concluiu-se que as crianças que começam cedo com comportamentos agressivos demonstram uma maior apetência para, no futuro, cometerem actos erróneos ou abusarem de drogas.
Factores de protecção ao desenvolvimento infantil
Segundo Gamezy os factores de protecção têm três categorias, que são: atributos disposicionais da criança (actividades, autonomia, orientação social e auto-estima); características da família (coesão, afectividade e ausência de discórdia e negligência); fontes de apoio individual ou institucional disponíveis para a criança e a família (relacionamento da criança com pares e pessoas de fora da família, suporte cultural, atendimento individual como atendimento médico ou psicológico, instituições religiosas).
A família pode ser responsável pela sociabilização da criança (Bee, 1995), que assim adquire comportamentos, habilidades e valores apropriados à sua cultura. As normas e regras a incutir às crianças, fornecem à criança os meios para uma boa adaptação social e a aquisição de autonomia.
São três, segundo Guralnick (1998), as normas essenciais na interacção com a família: a qualidade da interacção dos pais com a criança, as diversas experiências apropriadas ao ambiente que os rodeia e, o modo como a família garante a saúde e o bem-estar da criança.
Um bom ambiente familiar é uma das principais razões pelas quais a criança não envereda por caminhos de delinquência, mostrando-se também influente a interacção com os pares, o grau de escolaridade da mãe, assim como, a sua disposição e interacção com os filhos. Segundo Rae-Grant, Thomas, Offord e Boyle (1989) as crianças que apresentam temperamento mais positivo, grau de inteligência acima da média e competência social apresentam-se mais protegidos e com menos tendência para seguirem caminhos menos adequados.
Conclusão
Com base neste estudo, pode-se referir a necessidade de que ajudas e intervenções a efectuar, não se centralizem apenas nos factores de risco das crianças e suas famílias, mas que actuem de forma a proporcionar a essas crianças capacidade de defesa e recuperação.
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